Autoridades de saúde permitiram aos pesquisadores da Comissão de Energia Atômica da França (CEA) o início dos exames em pacientes humanos. Cerca de 20 voluntários saudáveis foram os primeiros a entrar na máquina de ressonância magnética (MRI), localizada na área do Plateau de Saclay, ao sul de Paris.

Equipamento com maior campo magnético já criado

O scanner Iseult MRI equipado com um campo magnético de 11,7 Tesla, marca o fruto de mais de 20 anos de pesquisas em torno do projecto Iseult, cujo objectivo era construir o scanner de ressonância magnética mais poderoso do mundo para ser capaz de obter imagens do cérebro humano, saudável ou patológico, a um nível de resolução nunca antes alcançado e descobrir novos detalhes sobre sua anatomia, conexões e atividades.

Maior velocidade de aquisição, mais conforto aos pacientes.

Apenas quatro minutos foi o tempo necessário para adquirir as mais imagens anatômicas do cérebro dos voluntários que participaram do primeiro protocolo realizado na ressonância magnética Iseult instalada no CEA. A resolução das imagens impressiona para um tempo de aquisição tão curto: 0,2 mm no plano e 1 mm de profundidade, o que representa um volume equivalente a apenas alguns milhares de neurônios.

Para efeito de comparação, para o mesmo resultado de imagem, teoricamente seriam necessárias várias horas em uma ressonância magnética “padrão” de hospitais (1,5 ou 3 teslas), o que torna desconfortável ao paciente e pode influenciar na aquisição em imagem sem a qualidade diagnóstica necessária.